segunda-feira, julho 10, 2006

No Caderno Ilustrada , Folha de São Paulo(julho de 2006), na capa, li o título: “Paris é uma festa (mas não para todos)” Imediatamente, lembrei-me de Ernest Hemingway, Scotch (o Fitzgerald), Picasso, James Joyce, Nijinsky e todos os que viveram os maravilhosos e transformadores anos loucos. Talvez não seja preciso dizer que , hoje 09/07/06, a festa mudou-se para Roma. Percebi, aos poucos, que o título me levava a um outro - “A Síndrome de Ulisses” e que este, é o nome do livro do escritor colombiano Santiago Gamboa. Adoro novidades. Gamboa narra estórias de imigrantes legais e ilegais em Paris. Por isso o subtítulo. Cada uma das estórias são contadas a um estudante de literatura, também imigrante e passando por dificuldades.. Uma miríade de interesses, decepções, encontros e abandonos. Santiago faz questão de afirmar que pertence a new literatura latino-americana, estes opõem-se ao “realismo mágico” ou “realismo fantástico“ .Há ainda,uma subdivisão dentro desta corrente – o movimento McOndo(a Macondo foi invadida por MacDonald’s e Ronalds) e à geração crack, não confundir com a droga. Aqui é cisão, divisor e tem origem no México. “Uma das funções da literatura é dar notícias de outros mundos, sejam estes geográficos, culturais ou especificamente literários. Gosto dos livros , que levam a outros livros e que, por sua vez nos unem em uma corrente ainda maior” Nesta declaração do escritor colombiano, me encontro um pouco com Ítalo Calvino em as “Cidades Invisíveis” e “Por que ler os clássicos” e seus impressionantes comentários e ensaios. A literatura nos traz instantes, vozes, sonhos, passado e presente , o tempo , vida e a arte!

Um comentário:

Aline disse...

Amei! Adorei!!!!! Como dizem por aí... amadorei! Por acaso - e acho que adivinhaste, bruxinha, que eu estou re-re-re-relendo Admirável Mundo Novo!